“Existem apenas duas indústrias que chamam seus clientes de usuários: a de drogas e a de software”. – Edward Tufte, professor de estatística da Universidade de Yale.
Um dos diversos pontos, a tecnologia modernizada nas formas de mídias sociais, propicia ao usuário do serviço das plataformas digitais, a chance de consumir bastante conteúdo de forma rápida e com um simples clique sem sair de casa, o que, a princípio, é incrível. Contudo, por trás do que nos é mostrado, as coisas funcionam de uma forma diferente.
Essa grande barca de conteúdos prontos para serem consumidos têm se tornado um ambiente muitas vezes nocivo e aprisionador. Especialistas das áreas, designers e engenheiros de softwares, nos informam que as redes e mídias sociais atuam, perigosamente, através do algoritmo (uma palavra conhecida, mas de atuação desconhecida) que é um modelo matemático com aprendizado de máquina, que a partir de um grande volume de informações pessoais captadas/armazenadas preveem uma série de hábitos.
Esse grande volume de informações é adquirido a partir do monitoramento de TODOS os passos dos usuários na internet: cada clique, curtida, tempo de permanência em uma imagem ou vídeo, que irão gerar um perfil no qual será ofertado como um produto para os anunciantes que farão anúncios específicos, segmentados e individualizados através do comportamento digital das milhares pessoas, o que gera o lucro dessas redes.
Essa forma de consumo de informação sempre monitorada vai atrofiando a nossa habilidade de lidar com as coisas desconfortáveis, uma vez que passamos a consumir somente o que se gosta e se acredita, o confortável.
A Inteligência Artificial traz um vício em manter-se atento, seja assistindo, lendo ou ouvindo os assuntos do seus interesse, e, dessa forma, inserindo anúncios que monetizarão o essas grandes empresas (como Google, Facebook, Instagram, dentre outros).
A criação de algoritmos foi criada inocentemente, para manter os modelos de negócios, todavia, com a quantidade de dados manipulados e adquiridos têm gerado diversos danos.
As big techs não são “vilãs”, todavia, atuam com irresponsabilidade quando se trata do monitoramento, da venda do usuário, uma vez que algumas plataformas negligenciam regimes ditatoriais, permitem a expansão de fake News, dentre outros.
E é impossível, até então, a barragem de tais conteúdos, pois como disse Dra. Cathy O´Neil (cientista de dados): “as empresas falam como se a Inteligência Artificial pudesse distinguir a verdade. A I.A. não vai resolver esses problemas, pois não existe um padrão do que é verdade, já que se baseiam em cliques”.