É cediço que a tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano, seja na utilização de smartphones, ao conseguir fazer compras no supermercado pelo celular, dentre outros. Com a modernização da sociedade, o Poder Judiciário não fica para trás, atualmente, já dispõe de um sistema de Peticionamento Eletrônico Judicial (PJE), de audiências telepresenciais e resolução de demandas por meio do balcão virtual.
Agora, o Poder Judiciário está cada vez mais inserido na tecnologia, visando atingir uma parcela da população, principalmente os residentes dos rincões do país, trazendo o Metaverso como inovação.
Essa terminologia vem sendo bem difundida, principalmente após anunciada e explicada pelo dono da Facebook Inc., Mark Zuckerberg, utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de “realidade virtual” e “realidade aumentada”.
Na esteira dessa inovação tecnológica, o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso, inaugurou, na Vara do Trabalho de Colíder, interior do estado, um ambiente totalmente digital, ao realizar na plataforma uma palestra sobre segurança do trabalho.
A Juíza do Trabalho Graziele Cabral, que liderou o projeto, tentou demonstrar que não é preciso estar na Vara do Trabalho da cidade de Colíder para fazer uma visita, uma vez que ela está no metaverso.
O ambiente virtual permite que de Cuiabá, distante 630 KM, o avatar OU personagem criado no metaverso, consiga fazer o mesmo passeio. Ele entra no prédio, passa pela recepção e chega à sala de audiência, encontrando a juíza.
“A gente quer passar que o Judiciário está com as portas abertas, não só para os conflitos, mas que a pessoa conheça, que ela se aproxime do Poder Judiciário. Seja para resolver os conflitos, mas seja para conhecer, seja de uma maneira pedagógica” – Graziele Cabral Braga de Lima, Juíza do Trabalho.
Contudo, é cediço que o acesso à internet ainda é um fator extremamente limitador para aplicação dessa tecnologia, em razão disso, ainda não haverá a realização de audiências, nem tampouco serão proferidas sentenças, despachos etc. A Juíza ressalta que se trata de um projeto pedagógico, mas já com o intuito de aproximação da população com o metaverso, para que em alguns anos, haja uma possibilidade de se realizar uma audiência no mundo virtual, não só por meio telepresencial.